quinta-feira, 14 de junho de 2012

Grã-Bretanha está disposta a defender as Malvinas, diz Premiê


O primeiro-ministro britânico, David Cameron, alertou na quinta-feira a Argentina que Londres está "preparada e disposta" a defender as ilhas Malvinas, 30 anos depois de uma guerra entre os dois países por sua posse.

Em discurso pela rememorar a vitória britânica no conflito de 1982, Cameron acusou o governo argentino de cometer uma "agressão", e disse que não haverá "absolutamente nenhuma negociação" a respeito da soberania das ilhas, que ficam a cerca de 500 quilômetros da costa argentina e continuam sendo reivindicada por Buenos Aires.

As tensões entre os dois países se agravaram nos últimos meses, especialmente desde que empresas britânicas começaram a prospectar petróleo ao redor das ilhas, que os britânicos chamam de Falklands.

"Minha mensagem ao governo da Argentina é essa: o Reino Unido não tem intenções agressivas para com vocês", disse o premiê conservador numa audiência que incluía veteranos britânicos do conflito, que durou dois meses e resultou na morte de 255 soldados britânicos e 650 argentinos.



"Mas não subestimem nossa resolução. Ameaças não vão funcionar. Tentativas de intimidar os ilhéus não terão sucesso. Porque a Grã-Bretanha está preparada e disposta a se erguer pelos ilhéus das Falklands a qualquer momento."

A Grã-Bretanha diz que só aceitaria negociar a soberania das ilhas se os seus 3.000 habitantes assim desejassem. O governo das ilhas anunciou na terça-feira a intenção de realizar um referendo sobre o tema, provavelmente no ano que vem, mas o presidente da Assembleia Legislativa local, Gavin Short, disse ter certeza de que a manutenção dos vínculos com Londres será aprovada.

A Argentina acusa a Grã-Bretanha de colonialismo no domínio sobre o arquipélago, que Londres controla desde 1833. Cristina deve comparecer na quinta-feira a uma reunião do Comitê de Descolonização da ONU para abordar o assunto.

"Os pretextos da Grã-Bretanha para não negociar são infundados", escreveu a embaixadora argentina em Londres, Alicia Castro, em artigo no jornal britânico Independent. "Eles não podem se esconder atrás da dita autodeterminação dos ilhéus, quando nenhuma resolução da ONU reconhece tal direito."

Além de intensificar a retórica, a Argentina tem também aplicado pressão econômica e diplomática. Em dezembro, o Mercosul e o Chile decidiram que embarcações com bandeira das ilhas seriam proibidas de atracar nos seus portos, como forma de solidariedade à Argentina.

Cameron disse que deseja um relacionamento sensato com Buenos Aires, e uma parceira a respeito de temas como a pesca. "Só há uma sombra no horizonte. E é a agressão por cima da água", disse Cameron. "Vimos a presidente (argentina) tentando restringir os movimentos dos barcos das Falklands, banindo os voos fretados de e para a Argentina, e, hoje, escalando o debate na ONU."


Fonte: http://ianoticia.blogspot.com.br/2012/06/gra-bretanha-esta-disposta-defender-as.html

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