A Coreia do Norte reafirmou a necessidade do país de desenvolver armamentos nucleares para deter a ameaça atômica dos Estados Unidos, e afirmou que não abrirá mão do direito de lançar foguetes como parte do que o país definiu como um programa espacial pacífico.
Segundo informe fornecido a repórteres pela delegação norte-coreana, o ministro das relações internacionais, Pak Ui-Chun, declarou aos presentes no Forum da Associação das Nações do Sudeste Asiático que o objetivo de Washington seria “eliminar o sistema e a ideologia política pelos quais nosso povo optou”.
O lançamento de um foguete de longo alcance realizado pela Coreia do Norte em 13 de abril deste ano elevou tensões na região e anulou um acordo firmado com os Estados Unidos em 29 de fevereiro. Os termos propunham que o país asiático aceitasse suspender seu programa de enriquecimento de urânio e os testes nucleares e com mísseis – em contrapartida os Estados Unidos prometeram fornecer 240 mil toneladas de alimentos em regime de auxílio.
Os norte-americanos e seus aliados descreveram o lançamento do foguete como um teste de mísseis disfarçado, enquanto que a Coreia do Norte declarou que o objetivo era apenas colocar um satélite em órbita. O foguete explodiu logo após a decolagem.
De acordo com o informe, o ministro Ui-Chun disse aos colegas durante o fórum, que foram os EUA que puseram o acordo de lado e causaram as tensões na península da Coreia.
Os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul realizaram uma conferência hoje, aparte das atividades do fórum, onde advertiram que “qualquer provocação da Coreia do Norte… será encarada com uma resposta resoluta e coordenada por parte da comunidade internacional”.
A declaração oficial também expressa “profunda preocupação com o bem-estar do povo norte-coreano e a grave situação dos direitos humanos no país”
Em seus comentários durante o fórum em Phnom Penh (Camboja), o ministro Pak citou o uso de uma bandeira norte-coreana como alvo durante um grande exercício com munição real envolvendo os Estados Unidos e a Coreia do Sul – isso seria “uma prova clara das intenções hostis dos Estados Unidos”.
Declarou também que o país não abrirá mão de seu direito soberano de “explorar e utilizar o ambiente espacial, e de desenvolver energia nuclear para fins pacíficos” através da construção de reatores de água para geração de eletricidade.
Pyongyang afirma que seu programa de enriquecimento de urânio é destinado a alimentar reatores leves para gerar energial. Cientistas dizem que o programa poderia ser facilmente reconfigurado para produzir matéria-prima para bombas, em reforço ao atual programa de produção de plutônio.
Conversas multilaterais buscando um acordo de paz e outros benefícios caso a Coreia do Norte pusesse de lado seu arsenal atômico estão estagnadas desde dezembro de 2008.
Fonte : Notícia Final / Forças Terrestres
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