O sul asiático tem se mostrado nos últimos anos uma região com grandes chances de ambientar uma nova guerra. Com a intenção de modernizar seu exército, a Índia se tornou um dos maiores compradores de armamento do mundo. O país tem realizado testes de mísseis intercontinentais balísticos. O Paquistão também possui mísseis nucleares de longo alcance. Sem falar no poder armamentista da China.
O desenvolvimento balístico e nuclear dessas nações culminou na criação do “Agni V”. O míssil indiano, com 5.000 km de alcance, foi testado em abril deste ano. A Índia também possui aviões de caça, porta-aviões e submarinos de propulsão na tentativa de equiparar-se à China. Já o míssil “Shaheen”, do Paquistão, é capaz de atingir alvos a 2.500km – o suficiente parar alcançar boa parte do território indiano.
Apesar das hostilidades entre os três países, eles têm desenvolvido laços econômicos. A Índia, por exemplo, tem investido numa refinaria de petróleo próxima à fronteira, visando o mercado paquistanense. Mas a desconfiança contínua não dá margem para um acordo em relação às divisas. Atuais negociações não anulam a possibilidade de novos conflitos.
Disputas
O sul da Ásia é uma das áreas de maior conflito territorial atualmente. Após a retirada do poder colonial da Grã-Bretanha na Índia, a fronteira com a China e o Paquistão continua disputada e sob interferência de países vizinhos.
As tensões entre Índia e China costumam aumentar quando uma nova solução é proposta por uma das nações. Um exemplo foi quando as autoridades chinesas decidiram denominar a fronteira da Índia norte-oriental, ao longo do estado de Arunachal, do “Tibet do Sul”, para impulsionar a reivindicação da região.
O descuido na demarcação territorial no período pós-colonial e a falta de acordo entre os países garantem a continuidade do conflito na região, como já declarou o próprio governo chinês. As fronteiras da Caxemira são os focos de reivindicações mais recorrentes.
Após a independência indiana, em 1947, o país entrou em guerra com o Paquistão para resolver as questões da Caxemira. O conflito se desdobrou em outras duas guerras, em 1965 e 1971, que terminaram com a presença militar de ambas as nações na área. A Organização das Nações Unidas (ONU) já fez 11 propostas para resolver os problemas. Todas foram aceitas pelo Paquistão, mas recusadas pela Índia.
O conflito, porém, não se trata apenas de questões territoriais. Sendo a Índia majoritariamente hindu e a Caxemira muçulmana, o Paquistão se considerou justificado para assumir o controle da região. O conflito envolve também a Al-Qaeda, que insiste no avanço das tropas paquistanesas na fronteira com a Índia, e a disputa pelo uso dos rios — economicamente importantes para ambos os países.
Para complicar, a China também ampliou sua influência e controle sobre partes da Caxemira, com o apoio do Paquistão, seu aliado.
Fonte : IAnotícias
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