quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Olhando os defeitos dos outros… E os meus ?



É muito mais fácil enxergar os erros nos outros do que em nós mesmos. Nossa rigidez com o outro, principalmente reincidentes é muito grande, porém com relação a nós mesmos (conhecemos todos os nossos “podres”) somos muito menos rígidos.
Não poucas vezes me pego olhando para os defeitos dos outros e aplicando isso para mim, para que eu não erre como eles estão errando. Isso acontece quando vejo alguém muito vaidoso, ou muito orgulhoso, ou muito pedante. Porém, me esqueço que eu sou um poço de vaidade, orgulho, pedância. Olhar para os defeitos dos outros me traz uma noção de que eu sou cheio de defeitos e que as pessoas ao meu redor também vêem meus defeitos, tanto quanto eu vejo os deles. E sempre que alguém me critica ou me expõe, eu não gosto nem um pouco. Por quê eu deveria fazer o mesmo com qualquer pessoa que seja?
É muito fácil expor os erros dos outros, mas será que eu estou disposto a expor os meus erros e defeitos? Em caso negativo, preciso pensar duas vezes antes de ser um falastrão que quer falar de todo mundo. (Olhe para a trave do seu olho, antes de olhar para o cisco do outro).
Olhar para si com um olhar neutro é muito importante para não nos perdermos e não termos uma imagem errada acerca de nós. Vejo muitas pessoas superestimando a si mesmas, na verdade creio que todo mundo se superestima em muitas coisas, e se subestima em muitas outras. Uma imagem equilibrada de quem nós somos é importante para sabermos de fato no que somos bons e no que não somos bons. No que precisamos melhorar e no que podemos ajudar as outras pessoas a melhorar.
Ter uma imagem não distorcida nos leva a enxergar de fato o nosso potencial e o potencial dos outros. Muitas vezes o preconceito, a pre-julgamento, nos faz ter uma imagem distorcida de quem realmente são as pessoas. Jesus não fazia isto, quem chamaria um Paulo para ser uma das bases do cristianismo? Quem chamaria Pedro? Ou Mateus (um cobrador de impostos?) Quem ousaria chamar um rebelde como Simão, o Zelote? Quem escolheria Judas para estar entre os 12 e o trataria de forma igual aos outros?
Como cristãos devemos antes de qualquer coisa ser imitadores de Jesus. Ser humildes e mansos como Ele foi. A humildade é uma característica que sobressai a todas as outras. Quando uma pessoa é humilde, qualquer um está disposto a aprender com ela, pois não se sente subestimado ao seu lado e tampouco menor. O dom de fazer que os outros sejam maiores do que você é algo que é cristão.
Jesus nos instruiu a muito tempo atrás: Quer ser o maior? Seja o menor. Quer ser grande? Seja pequeno. Quer ser o primeiro? Seja o último. Procurem o bem de quem está do seu lado.
Quando eu me preocupo com as pessoas, as pessoas me darão muito mais ouvidos, do que se me verem como uma pessoa egoísta.
Tem muito chefe por aí que é completamente narcisista e pensa ser o responsável pelo sucesso de tudo o que põe a mão. O verdadeiro líder é aquele que reconhece que o sucesso é da equipe e não dele apenas. Jesus em momento algum se coloca numa posição de destaque como se fosse o cara, antes lavou os pés dos seus discípulos.
Será que você vê seu pastor lavando os pés daquelas ovelhas mais rebeldes e que talvez até o trairiam? Você está disposto a fazer isto? Se fizer, pode ter certeza que estes estarão dispostos a te ouvir, e caminhar junto contigo.
Ninguém quer seguir projetos pessoais. Qualquer projeto que seja, só deve ter um líder, apenas um centro: Jesus Cristo. Se estiver focado em qualquer outra pessoa, está errado.

Fonte : Gospel +

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