quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Probabilidade de desintegração da zona do euro


Atualmente, a Europa tem que escolher entre dois possibilidades. A primeira é aprofundar a integração à custa da perda de soberanias financeiras e, neste caso, o Banco Central da União Europeia será um banco verdadeiro.
Isto é, o Banco Central não terá de exigir cada vez que os governos autorizem as suas ações. A segunda opção é enfrentar um aprofundamento da crise, crescimento do desemprego e desenfreio de transações de offshores, se os países voltarem a moedas nacionais. Começará uma era de protecionismo, como era nos anos 30 do século passado, considera o diretor do Instituto de Economia da Rússia, Ruslan Grinberg. A seu ver, o perigo de desintegração da zona do euro é pequeno. A pedido da Voz da Rússia, o economista analisou a causa da crise e fez seus prognósticos:

“A crise do euro é condicionada pelo fato de os pais desta ideia magnífica terem ignorado que, primeiro, os países do continente são diferentemente desenvolvidos e, segundo, são em geral muito diversos historicamente. Têm diversos mecanismos de vida econômica. Os níveis de bem-estar também são diferentes. Seria possível considera-lo e, respetivamente, corrigir a política financeira durante a introdução do euro. Mas isso não foi feito. Posteriormente, começou um crescimento impetuoso. Todos os países cresciam, continuando a ser diferentes. Este é um momento muito importante. Os países desenvolviam-se assim por volta de dez anos antes da crise. Ao mesmo tempo, surgiu um problema das dívidas. Alguns tinham uma dívida maior, outros – menor. A Grécia, simplesmente, ficou a mais fraca.

Quanto aos países relativamente favoráveis da Europa do Norte, eles, como se sabe, reagiram de modo diferente à ideia do euro. A Finlândia aceitou-a sem ressalvas e, parece, não lamenta isso. Por enquanto, pelos vistos, este país procedeu mais corretamente. Mas ninguém conhece exatamente o futuro.

Eu, por exemplo, considero que vencerão as propostas racionais e será estabelecida a tranquilidade nos mercados financeiros. Serão de novo avaliadas dignamente as vantagens que obtiveram os países ao entrar na zona do euro. Mas, se vencerem os princípios irracionais, a Grécia abandonar a zona do euro e a zona do euro começar a desintegrar-se, será mal para todos, independentemente de se participassem ou não participassem na zona do euro. Esta é a causa pela qual o perigo de desintegração da zona do euro é muito pequeno”.


Fonte : Voz da Russia 

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