A festa não é somente do presidente reeleito Barack Obama. Os partidários do casamento homossexual, do consumo de maconha para fins recreativos e do financiamento público do aborto também cantam vitória. Ao mesmo tempo que a eleição presidencial, ao todo 172 referendos e consultas populares foram organizados em 27 estados do país sobre projetos de lei que podem ser aplicados em nível de estado, condado ou município.
Vários estados americanos autorizam atualmente o consumo de maconha com fins medicinais, sobretudo para pacientes que sofrem de doenças graves, mas até agora nenhum havia aprovado a legalização do consumo recreativo. As autoridades locais vão regulamentar, apesar da proibição pelo Estado federal de deter, consumir e comercializar a maconha para qualquer finalidade, a distribuição da erva, que se tornará assim uma nova fonte de recursos fiscais. O Oregon (oeste), um estado considerado progressista, também organizou um referendo sobre o tema, mas o "não" venceu com 55%.
Casamento homossexual
O Maryland e o Maine (leste) se juntam aos outros estados americanos que já reconhecem aos gays o direito de se unirem oficialmente: Connecticut (nordeste), Iowa (centro),Massachusetts (nordeste), New Hampshire (leste), Vermont (nordeste) e a capital federal. Segundo os resultados provisórios, o Estado de Washington também deve adotar o casamento homossexual. Na Flórida (sudeste), onde toda uma série de propostas de inspiração muito conservadora foram submetidas à consulta popular, os moderados saíram vitoriosos da votação, sobretudo no que diz respeito ao aborto.
55% dos eleitores rejeitaram um projeto que visava proibir o uso de fundos públicos para financiar abortos, exceto em caso de estupro, incesto ou risco para a vida da mãe. Quanto à Califórnia, bastião democrata que é frequentemente precursor em relação a questões de comportamento, renegou sua reputação progressista ao rejeitar a abolição da pena de morte e ar renunciar a rotulação dos produtos alimentares contendo transgênicos.
Essa última proposta foi duramente atacada por seus opositores, os gigantes da indústria agroquímica e agroalimentar, que gastaram quase US$ 40 milhões nas últimas semanas para barrar o texto. Segundo as primeiras estimativas, o condado de Los Angeles deve conseguir impor por lei o uso do preservativo nas filmagens de filmes pornográficos.
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