sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Quatro militares preparavam um golpe de Estado e o assassinato do presidente do país


O Departamento de Justiça dos EUA informou sobre uma conspiração contra Barack Obama. Quatro militares preparavam um golpe de Estado e o assassinato do presidente do país. Todos eles já foram presos. No entanto, os investigadores desconhecem se eles têm cúmplices.

Os militares eram membros de um grupo radical antigovernamental chamado F.E.A.R. (Forever Enduring Always Ready) “Perseverança e Prontidão Sempre”. Os praças Isaac Aguigui e Christopher Salmon, o sargento Anthony Peden e o praça de primeira classe Michael Burnett estão presos desde dezembro pelo assassinato de um colega e sua namorada. Eles mataram Michael Roark de 19 anos de idade e Tiffany York de 17 anos de idade em uma floresta perto de sua base militar, temendo que eles iriam revelar os planos secretos do grupo.

Esses planos, segundo o procurador, incluíam capturar os depósitos de armas em Fort Stewart (no estado de Geórgia), onde eles serviam, explodir os edifícios da direção de segurança interna e das instalações hidráulicas do estado de Washington. E depois – organizar um atentado contra o presidente Barack Obama e um golpe de estado nos EUA. Para esses fins, eles já tinham comprado 87 mil dólares em armas.

Na véspera, um dos réus – Michael Burnett – admitiu ao tribunal que ele fazia parte de um grupo armado de orientação anarquista. Seus membros acreditam que o governo precisa de uma renovação drástica, disse ele.

– Quais eram os objetivos do grupo F.E.A.R.?
– Que o governo volte de novo às pessoas.
– Você está falando de revolução?
– Sim. Em parte.

Tal preparação não pode ser considerada séria, diz o presidente do Instituto de Avaliações Estratégicas e Análise, Alexander Konovalov:

“Na América do Norte, onde circula um número tão grande de armas de assalto livremente vendidas, algumas pessoas facilmente poderiam ter gasto 87.000 dólares. O fato de que nos Estados Unidos há pessoas descontentes, ou loucos que pensam que alguém está vendendo sua pátria, que é necessário fazer algo sobre o estado corrente das coisas, sempre existiu, existe e não vai deixar de existir. Para isso há o serviço secreto, que deve interceptar e expor isso. Tais ameaças, penso eu, são prevenidas mais que uma ou duas vezes por ano.”

Os quatro soldados claramente não teriam conseguido realizar um golpe de estado. No entanto, este caso merece atenção. Os réus, como observou o Departamento de Justiça, não escondem sua antipatia aguda para com o atual presidente.

O líder do grupo, Isaac Aguigui, disse abertamente durante a investigação que as ações de seu grupo se baseavam em hostilidade racial. E um de seus slogans já se tornou famoso: “Um presidente negro não tem lugar na Casa Branca”. Há que admitir que não só na sociedade civil dos EUA, mas também no exército não gostam de Obama.

O governo dos EUA considerou o grupo radical uma organização terrorista. Ainda não há dados precisos sobre a sua composição. No entanto, o Departamento de Justiça sabe que o líder da formação, Aguigui, promovia ativamente as suas ideias entre os colegas na Terceira Divisão Mecanizada de Infantaria. Foi ela a primeira a entrar no Iraque em 2003. Segundo informações da Voz da Rússia, está sendo verificada a versão de ter havido oficiais entre os extremistas.


Fonte : Voz da Russia 

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