quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A política do Pão e Circo



A história política de Roma se estende de 752 a.C. até 476 d.C. e está dividida em três períodos: Monarquia, República e Império. A coragem, a honra e a força eram virtudes admiradas pelos romanos; os espetáculos que destacavam esses atributos eram valorizados e muito populares. Durante o Império Romano, as lutas de gladiadores, corridas e encenações, serviram para desviar a atenção da população que habitava os domínios romanos. Várias são as interpretações – além desta – para explicar o fascínio dos romanos por esses espetáculos sangrentos:


A oportunidade de poder estar "cara-a-cara" com o imperador, o castigo dos criminosos, - que servia de exemplo, a ostentação do poderio romano - através da exibição de animais e escravos trazidos de lugares distantes. Todavia, dentre todas essas interpretações, a mais aceita é a chamada "política do pão e circo" ou (panis et circenses). Por essa política, o Estado buscava promover os espetáculos como um meio de manter os plebeus afastados da política e das questões sociais. Era, em suma, uma maneira de manipular a plebe e mantê-la distante das decisões governamentais. 

Os Césares encarregavam-se ao mesmo tempo de alimentar o povo e de distraí-lo. Havia distribuição mensal de pães no Pórtico de Minucius, que assegurava o pão cotidiano. Os Cesares não deixavam a plebe romana bocejar nem de fome nem de aborrecimento. Os espetáculos foram a grande diversão para a desocupação dos seus súditos, e por conseqüência o seguro instrumento do seu absolutismo. Isso era um obstáculo a Revolução em uma Urbe onde as massas incluíam 150.000 homens desocupados que o auxílio da assistência pública dispensava de procurar trabalho. 


Para os espetáculos eram reservados aproximadamente 182 dias no ano. (Para um dia útil - um ou dois dias de feriado). Os espetáculos que foram se desenvolvendo, cada uma dessas férias romanas, tinha sua origem na religião. Os romanos nunca deixavam de cumprir as solenidades, porém não mais as compreendiam e os jogos foram deixando de ter um caráter sagrado e passando a saciar somente os prazeres de quem os assistia. 

O público ia ao circo como a uma cerimônia, usando a toga dos grandes dias, respeitavam a etiqueta ao levantarem-se para aplaudir as estátuas das divindades que eram carregadas antes das corridas ou lutas. Seguiam um ritual de comportamento e sabiam que se não o seguissem seriam punidos. Com o aparecimento das corridas e jogos de gladiadores o povo, em 164 a . C. estava desertando ao teatro. 

Para o imperador esse contato com o público era importante, pois ele não corria o risco de isolar-se. O público aplaudia com veemência cada aparição, agitava lenços em uma saudação emocionante que tinha a modulação de um hino e o acento de uma oração. Durante os jogos o povo apreciava ver seu imperador descontrair-se e seguir com atenção as corridas e lutas demonstrando seus sentimentos.

 A política do Pão e Circo hoje no Brasil


Quem disse que a política do PÃO E CIRCO aconteceu somente em Roma? Como em qualquer lugar do planeta, cada um têm o que merece.E é claro que o nosso querido povo brasileiro, no qual eu me incluo, também está nessa !Recheado de atrações, o circo já se arma na virada do ano esperando peloCARNAVAL que chega entre fevereiro e as vezes até março. Até lá o Brasil não engrena. Tudo depende do fim da festa.Chega então o tão esperado momento: bundas, peitos (com ou sem silicones), botox e barrigas de tanquinho de fazer inveja. Isso na ala da high society. Alguns hits musicais aparecem para para penetrar em nosso cérebro (mesmo que você não queira ouvir). 

Nesse momento ninguém reclama de nada. Desemprego, fome, miséria, AIDS, violência, salários baixos são esquecidos durante quase uma semana, exceto no nordeste.Ficamos de quarentena pagando os pecados cometidos na folia. Aí sim, o Brasil começa a engrenar. Prova disso, é a volta da reclamação do brasileiro, daquilo que ele deletou de sua memória. Mas nem dá tempo e ele já se prepara para a PÁSCOA. Momento feliz, de família e CHOCOLATE!. Simultaneamente no nordeste as festas da folia estão terminando. 

Passado a diarréia e a Páscoa, o povo volta meio devagar (haja chocolate) e já pensando nas FESTAS JUNINAS. E se isso já não bastasse, as FESTAS JULINAS, Há tantas festas juninas que quando findadas não aguentamos ver pipoca, quentão, hot dog e doces até no próximo ano. Alguns até compram agendas para marcar os inúmeros eventos para, em hipótese nenhuma, perdê-los. 

O governo não inventou feriado nenhum em AGOSTO para o povo trabalhar e se recuperar de tantas atividades "culturais". Ops!!!!! Esqueci. temos a semana do FOLCLORE, mas a maioria nem sabe o que é isso, portanto achei que não fosse relevante...Setembro e outubro tem os feriadões que, dependendo das combinações de datas, podem ser prolongados. Ah sim, comemora-se a Independência e um feriado religioso (Nossa Senhora Aparecida) que por ironia da fé, os evangélicos fazem cara feia para a santa, mas adoram curtir um feriadinho. Sem contar que tem uma data de pouca expressividade, onde aquele que nos ensina a escrever e ler durante um "pequeno" período de nossas vidas (aproximadamente 12 anos no ensino regular) é "comemorada" solitariamente e sem muita empolgação.Chega novembro e... ALEGRIA! Pelo menos dois feriados. Por ironia um é o Dia dos Mortos. 

O importante é torcer para cair numa segunda ou sexta para emendar!!!. Sem contar que em alguns municípios é "comemorado" o Dia da Consciência Negra (20). Outra vez mais um feriado irônico, pois o racismo e preconceito praticado durante o ano todo dá uma pausa e a oportunidade para àqueles que o "praticam" descansarem também. Bom, chega de descanso! Volta o povo ao trabalho, já se preparando para as festas de fim de ano, pois o NATAL e a VIRADA DE ANO já estão aí!

Pão e circo sazonal


Não bastasse as "atrações fixas", os poderosos (locais,estaduais, federais e mundiais) acrescentaram atrações sazonais para que o povo pudesse se alegrar.

Copa do mundo


De quatro em quatro anos consegue parar um país para ver 22 jogadores correndo atrás de uma bola e ver quem é o melhor. O Brasil é o campeão. Em parar. Nesse período o brasileiro se lembrar do Hino, veste-se de bandeira, compra cornetas e acessórios dos mais diversos, tudo pela pátria. Se eliminado, isso automaticamente acaba. Em termos, pois ainda ficam um mês chorando e comentando as atuações dos jogadores, que a essas horas estão em algum clube da Europa. Se for campeão...meu DEUS! Shows da Ivete Sangalo e qualquer coisa que faça barulho, Galvão Bueno tendo orgasmos múltiplos ecoando pelos programas da Globo e tudo isso assistido pela multidão feliz e orgulhosa, mesmo que estejam desempregados e passando fome. Afinal eu sou brasileiro, com muito orgulho e não desisto nunca.


Festa do peão de barretos


Mais regional, envolve além dos cavalos, touros e montadores, muitas MARIA-PEOAS e fãs de cantores ( se é que posso chamá-los disso) SERTANEJOS (espero que os sertanejos não saibam disso). O CIRCO literalmente se monta aqui. O PÃO aqui é substituído pela CEVADA.

Novelas e programas de TV


Se já não bastasse você ter que sair de sua casa para participar destes eventos, os poderosos das emissoras de televisão, vendo que uma enorme parcela não podendo participar das atividades (POBRES,mas com TV), tiveram a brilhante ideia de realizar eventos que colocassem seus telespectadores"grudados" na telinha. Para isso ousaram ainda mais: os eventos seriam de forma contínua para deixar seus telespectadores ansiosos para os próximos capítulos.Foram criados então as NOVELAS. Não contentes, vieram depois os realitys shows e por fim as lutas do UFC, agora basta esperar pois depois que o povo "enjoar" de tudo isso virá as novas atrações para que o povo (gado) permaneçam doceis e alienados da realidade atual do Brasil.


Fonte : Killuminati 
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